quinta-feira, 13 de junho de 2013

Com Bolsa Família, população mais pobre passou a ter alimentação adequada

Pesquisador da Universidade Católica de Brasília destaca que programa do governo federal garante consumo digno para essas pessoas, além de ter impacto nas áreas de educação e saúde                          
 
 
Brasília, 13 – O acesso à alimentação adequada para uma parcela da população que estava alijada de qualquer oportunidade. Este é o principal efeito do Bolsa Família para o sociólogo Hamilton Richard Santos, pesquisador da Universidade Católica de Brasília. O programa de transferência de renda do governo federal destina mais de R$ 2 bilhões por mês a 13,8 milhões de famílias em todos os municípios brasileiros. Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Bolsa Família completa 10 anos em outubro deste ano.

          “Antes do Bolsa Família, essas pessoas não tinham acesso a um consumo digno, o que significa o mínimo para atender as necessidades calóricas. É uma questão de dignidade”, destaca o sociólogo, que trabalha com a questão racial.

          Além da transferência de renda, Santos ressalta o estímulo às políticas transversais de educação e saúde. A manutenção do benefício está vinculada à frequência escolar e ao acompanhamento de saúde das famílias atendidas.

         “Os dados mostram a diferença no acesso à saúde”, diz Santos. Entre 2006 e 2007, ele participou de um processo que acompanhava uma comunidade carente. Segundo o sociólogo, um dos grandes problemas era o acesso aos postos de saúde. “Com o programa, o beneficiário se torna proativo, busca o posto de saúde.”

          No bimestre de fevereiro e março deste ano, 14,7 milhões de alunos beneficiários, ou 97% dos 15,1 milhões com registro de informação no sistema, cumpriram os índices de frequência mínima exigida.

          A agenda de saúde de 8,6 milhões de famílias foi acompanhada no segundo semestre de 2012. Esse total representa 73% dos 11,8 milhões de famílias que se enquadravam no critério de saúde à época.

         De acordo com Santos, o programa não provoca acomodação em seus beneficiários. “Quem faz essa crítica é um estrato social que não pensa em políticas públicas para os grupos excluídos.” O sociólogo defende a expansão das políticas transversais pelo governo.
 

 

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